Editorial

Improvisação versus criatividade

A criatividade não deve ser entendida como sinônimo de improviso. O improviso pressupõe tarefa realizada às pressas, qualquer coisa inopinada, inventada de súbito para reparar um incidente. Não, longe disso, o processo criativo, a criatividade implica cuidadoso e trabalhoso planejamento. No processo criativo também há transpiração, nada vem pronto como uma iluminação divina recebida de uma nuvem cintilante que se abre cinematograficamente sobre a cabeça. Assim, desenhe as idéias que deseja implantar em suas aulas, seminários, estude-as, teste-as repetidas vezes, flexibilize o processo, veja lateral e globalmente, não fique satisfeito com a primeira solução que lhe ocorrer. Deve ser também, destronado o velho e teimoso mito de que o produto criativo é sempre e necessariamente novo. Alguns dos principais conselhos que se costumam dar acerca desse quesito são repetidamente os seguintes: substitua, modifique, conecte, inverta, atribua novo uso e adapte as idéias que pululam. Entretanto, há uma condição prévia: esteja sinceramente aberto a novas experiências. Esteja disposto a novas aprendizagens, afinal, morre aos poucos quem desiste de aprender.


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